Tezos WNO 19: Meregali vs Duarte Presented by Fat Tire

Conheça Carlos Henrique: A estrela da Dream Art pronta para brilhar No WNO

Conheça Carlos Henrique: A estrela da Dream Art pronta para brilhar No WNO

Representando mais uma nova safra de faixas-pretas de jogo solto, o atleta Carlos Henrique da DreamArt começa a dar grandes saltos em sua carreira

Jul 24, 2023 by Carlos Arthur Junior
Conheça Carlos Henrique: A estrela da Dream Art pronta para brilhar No WNO

Com menos de um ano entre a elite do jiu-jitsu no nivel faixa preta, Carlos Henrique da equipe Dream Art foi convidado para estrear no Tezos WNO 19: Meregali vs Duarte, evento organizado pela FloGrappling que chega à sua 19ª edição no dia 10 de agosto, em Austin, Texas. 

Para o seu duelo de debute, Carlos terá pela frente o americano Ben Eddy (10th Planet), em combate sem kimono. Sem muita quilometragem nos treinos e competições sem kimono, Carlos confia no seu estilo agressivo por cima, característica que o fez chegar longe em torneios de alto nível, como o Mundial Sem Kimono da IBJJF e o ADCC Trials. 

Para entender melhor o segredo do sucesso de Carlos, que mesmo treinando muito de kimono conseguiu com pouco tempo se destacar também nas disputas sem pano, nosso time conversou com a fera, entendeu seus primeiros passos no esporte e suas impressões sobre os treinos e preparação para ambas as modalidades da arte suave. De olho no WNO, Carlos revelou ter intensificado os treinos sem kimono e as técnicas para não se expor, mas contou que sua base de treinos de kimono ainda é a chave para o sucesso, visando sempre um estilo agressivo nas competições.

Confira a entrevista nas linhas abaixo e não perca o WNO 19: Meregali vs. Duarte, ao vivo e exclusivo na FloGrappling!


FloGrappling: Você competiu muito mais de kimono na carreira, e mesmo assim atua como poucos no sem kimono. Qual o segredo? Você combina bem os treinos com e sem kimono, tem facilidade em lutar sem pano ou, para você, é tudo jiu-jitsu e não muda muito?

Carlos Henrique: Nunca tive o hábito de treinar sem kimono. Treino jiu-jitsu há dez anos, mas só comecei a praticar sem kimono em 2020, e mesmo assim não era algo constante. Quando a temporada de kimono começava, eu interrompia completamente o treino sem kimono e só voltava depois do Mundial. Para ter sucesso no sem kimono é preciso ter um jogo agressivo e esse sempre foi o meu estilo. Lutei o ADCC Trials em 2022 e fiquei com a prata com apenas um mês de treinamento. Da mesma forma, fiquei em segundo no Mundial Sem Kimono do ano passado com o mesmo tempo de preparo. Hoje em dia eu treino mais sem kimono, não só porque estou marcado para lutar no WNO, mas também porque um dos meus sonhos é me qualificar e ser campeão em um dos eventos principais do ADCC.

Assiste:  Carlos Henrique vs Clay Mayfield

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FG: Você vai enfrentar um atleta da 10th Planet, academia conhecida por suas técnicas pouco ortodoxas. Isso traz algum cuidado maior na sua preparação, algum estudo mais aprofundado, ou você treinou da mesma forma de sempre?

CH: Fiz alterações no treinamento para melhorar meu estilo de luta, mesmo antes do convite para o WNO. Meu jogo sem kimono é por cima, então vou estar frequentemente com as minhas pernas expostas para um ataque. Baseado nisso, montei meu treinamento para defender ataques nas pernas e evitar que o adversário tente avançar o jogo dele nesta área. O oponente em si não trouxe nada de novo para a minha rotina, talvez eu tenha só um cuidado a mais para evitar cair na guarda fechada. Tirando esse fator, meu estilo e treinamento seguem os mesmos.

FG: Lutando nas grandes ligas, com menos de um ano na faixa-preta, a busca por ajustar o jogo cresce ainda mais. Qual é a área do seu jiu-jitsu que você sente que tem espaço para melhoria?

CH: Não me limito a só um tipo de jogo. Sou bom passador, faço boa guarda e sei disputar quedas. Já tenho meu estilo de jogo formado, o que falta é experiência na preta. Saber a hora certa de abrir o meu jogo, ler os movimentos do meu oponente. Obviamente, eu ainda tenho muito o que aprender com o jiu-jitsu, mas acredito que esse ponto é essencial. Sempre fui muito explosivo nas coloridas, mas na faixa-preta é diferente, tem muitos atletas experientes e qualquer erro pode me custar a vitória. Continuo explosivo, mas estou treinando para equilibrar meu estilo com um jogo mais técnico e estratégico.  

FG: Qual foi o momento em que você passou a considerar uma carreira profissional no jiu-jitsu?

CH: Em 2015, um ano depois de ter começado a treinar. Um dos meus amigos de tatame já era competidor, tinha títulos no Pan-Americano, Europeu e no Mundial. Ele competia muito e tinha patrocínio, me senti inspirado por ele. Eu era muito dedicado com o jiu-jitsu, chegava cedo e era o último a sair do tatame, então acabei evoluindo bem rápido como atleta. Quando juntaram todos esses fatores, vi que tinha talento e gosto pelo esporte, então decidi fazer disso a minha vida.   

FG: Hoje você faz parte do card do Tezos WNO 19 e está lado a lado com craques do esporte como Preguiça, Kaynan e Meregali, lutando nos EUA em um evento só para convidados. Se você pudesse falar com o jovem Carlos Henrique de faixa-branca, que conselho daria?

Diria para ele não desistir. Mantive essa mentalidade de não desistir, independentemente da dificuldade. Fui derrotado muitas vezes na minha carreira, mas nunca deixei isso me abalar ou diminuir minha vontade de ser vitorioso. Hoje, depois de viver tudo que vivi e superar todos os obstáculos, faço parte de um card com tantos nomes gigantes do esporte. É a realização de um sonho, sinto como se fosse a recompensa de todos os esforços. E isso tudo veio através da perseverança.